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Enquanto o Mc Donald’s distribui livros, o estado cobra impostos sobre educação

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Após sofrer diversas acusações de incentivar a obesidade infantil por oferecer um brinquedo junto com o kit McLanche Feliz, a rede de fast-food McDonald’s se prepara para assumir a posição de maior distribuidor de livros do Reino Unido.

Segundo o jornal britânico Daily Mail, as unidades britânicas da marca começaram a substituir os brinquedos por livros infantis . O plano é entregar mais de 15 milhões de unidades nos próximos dois anos.

A ação foi batizada de Happy Readers (Leitores Felizes, em inglês). Cada McLanche Feliz comprado no Reino Unido incluirá um livro. Uma lojinha também será montada em cada unidade para que os clientes possam comprar os livros individualmente. No ano passado, o programa foi testado em em algumas lojas e teve 90% de aprovação. (1)

Por outro lado, o IBPT publicou uma pesquisa que demonstra que até 50% do preço do material escolar são formados por impostos. A caneta, por exemplo, tem uma tributação de 47,49%; na régua, chega a 44,65% e na cola tenaz, equivale a 42,71% do valor de um tubo e no lápis, 34,99%. Livros, apesar de serem isentos, ainda acabam pagando impostos indiretos, como os incidentes sobre a folha de pagamento, IPVA, IPTU dentre outros.

Chega a ser irônico que uma empresa privada que não tem obrigação nenhuma em fazer caridade possa oferecer, VOLUNTARIAMENTE, assistência médica e educacional às crianças, e por outro lado o estado e seus políticos eleitos, apesar de a cada 2 anos prometerem saúde e educação grátis e de qualidade a todas elas cobre 50% de impostos sobre material escolar. Faça as contas que quiser, tente argumentar da forma que quiser. Garanto que é impossível justificar qualquer tipo de imposto sobre saúde e educação e depois se passar de bom samaritano dizendo que irá promover a educação.

Mas para o McDonald’s existe um grande motivo para oferecer assistência social às comunidades: Sua reputação.

Reputação como patrimônio

A maior riqueza da sua empresa está nas pessoas que fazem parte dela, e isso inclui seus sócios, investidores, clientes, fornecedores e funcionários. E o que mantém todas essas riquezas unidas? Sua reputação.

As reputações são um elemento essencial da nossa economia e sociedade. Elas estão presentes em tudo, desde os preços às ofertas de bens de consumo, passando pelo mercado de trabalho, relações familiares e de amizade. Nós, intuitivamente, compreendemos a forma pela qual as reputações agem em muitos aspectos de nossas vidas, mas raramente consideramos como ela deveriam ser centrais nas nossas decisões.

Em qualquer sociedade existem pessoas honestas e desonestas, de todas as classes sociais, em todo tipo de trabalho. Mas em um livre-mercado – e quanto mais livre mais verdadeiro é – existem fortes e onipresentes incentivos para se agir honestamente. E não é por medo de ações judiciais estatais.

Em geral, produtos de alta qualidade normalmente são mais caros do que os de qualidade mais baixa – o custo extra é um “prêmio” pela alta qualidade. Este prêmio tem que ser ainda mais elevado do que o custo adicional dos materiais e de produção de um item de alta qualidade.

Os lucros futuros a serem obtidos a partir desse prêmio correspondem àquilo que a empresa perde quando frauda seus clientes. Imagine, por exemplo, uma faculdade renomada e cara de repente comece a cortar custos e trocar professores doutores por recém-formados. Por um breve período os alunos pagariam preços elevados nas suas mensalidades, mas assim que as notícias se espalhassem, a faculdade perderá sua boa reputação. O princípio inverso também é verdadeiro.

A potencial redução de lucros decorrentes da perda de uma boa reputação ajuda a manter as empresas honestas.

Claro, lembrando ainda, estamos falando em uma sociedade onde predomine o livre-comércio. Se existirem instituições regulatórias fortes, altos impostos e burocracia asfixiante a oferta de produtos e serviços, obviamente, será menor.

Sendo assim, a constante vigilância da sociedade, que mantém a reputação das pessoas e das empresas, é fundamental para a prosperidade e liberdade da mesma.

Mercados, a força motriz do progresso

Donos ou administradores de empresas podem ser os maiores filantropos da história ou podem ser os mais gananciosos e interesseiros indivíduos da terra. Não importa. O mercado é força motriz e os sinais de lucratividade são o teste que indica se a empresa está ou não fazendo a coisa certa. E esta é a essência de todo o processo capitalista.

A mais impressionante característica do capitalismo é a de como suas instituições tão belamente se adaptam às mudanças. O deslocamento é sempre para frente: com novidades e aperfeiçoamentos. E este deslocamento é como um vento que nunca para de soprar, a menos que seja interrompido pela força organizada do estado.

Enquanto isso, no mundo da política, décadas e décadas se passam e um volume inimaginável de dinheiro é gasto tentando “reinventar o governo”, “melhorar a eficiência administrativa do governo”, melhorar o ensino público, fazer uma “verdadeira” reforma na burocracia, rearranjar a prioridade dos gastos públicos, e fazer mudanças regulatórias que irão ‘fazer o mercado funcionar melhor’. No final, tudo só piora. Simplesmente não há um teste genuíno que possa determinar se estas mudanças valeram seus custos ou se elas sequer chegaram perto de seus objetivos. Na política, nem mesmo se sabe ao certo qual é o objetivo. Ademais, é claro, o resultado destes gastos é totalmente previsível. Não há nenhuma real melhoria, não há nenhuma reinvenção, não há nenhuma reforma.

O acréscimo ou a retirada do consumidor — que é o rei em um livre mercado — do processo de reforma equivale a uma alteração fundamental em toda a razão de ser de uma instituição. A maneira crucial de distinguir uma empresa predominantemente baseada no mercado de uma empresa dependente do estado é investigar qual o seu interesse primordial: servir ao estado ou servir ao público consumidor? Não há dúvidas a respeito de onde o McDonald’s se encaixa neste espectro, e o resultado é não apenas um belo exemplo de como servir alimentos, mas também um belo modelo de serviço social como um todo.

O McDonald’s é um perfeito exemplo de como o mercado superou, conquistou e dominou um fundamental problema humano: conseguir produzir o bastante para se comer. Eis aí um problema que atormentou e fustigou toda a humanidade desde o início de sua história. Hoje, ele parece estar quase que inteiramente resolvido, graças a instituições como o McDonald’s, a qual as pessoas sentem um prazer indescritível em criticar, difamar e caluniar por dois motivos: a instituição é uma das poucas que serve comida farta e barata a preços acessíveis (e genuínos progressistas acham que apenas o estado deve ter o monopólio de prestar serviços aos pobres) e porque estas pessoas creem que tais instituições são elementos fixos, inabaláveis e imutáveis no universo.

O mercado nos abençoa diariamente com uma abundância de alimentos impensável há menos de um século atrás, bem como com novos produtos que facilitam e melhoram nossas vidas, e como a sociedade responde? De um lado, praguejando esnobe e arrogantemente contra sua produtividade, ao mesmo tempo em que frequenta festas e restaurantes chiques com farto bufê; de outro, adquirindo uma valorosa e desejada refeição no drive-through, a caminho de casa após uma jornada de trabalho.

Em números:

Mc Donald’s (2013)

- 1,8 milhões de empregos diretos;
- 69 milhões de clientes diários;
- US$ 27 bilhões de faturamento anual;
- 270 Casas Ronald McDonald em 30 países,
- 10 milhões de famílias atendidas desde 1974;
- Será o maior distribuidor de livros no Reino Unido em 2 anos.

Estado brasileiro (2012)

- R$ 1,5 trilhões de arrecadação;
- 50% de impostos sobre material escolar;
- R$ 82 bilhões de custo com corrupção;
- 4.353.665 de normas burocráticas criadas desde 1988;
- Proibição do homeschooling (ensino em casa);
- Restrições à existência de escolas particulares.

(1) http://www.dailymail.co.uk/news/article-2260642/McDonalds-replaces-Happy-Meal-toys-books-UK-s-largest-book-distributor.html
(2) http://www.ibpt.com.br/noticia/267/Carga-tributaria-sobre-material-escolar-chega-a-quase-50-segundo-IBPT

Editor FocoLiberal

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